Eduarda de Oliveira detalha como embalou a filha em duas sacolas e colocou a neném com os produtos de limpeza da casa; Ana Beatriz tinha apenas 15 dias de vida
O depoimento da mãe da recém-nascida de apenas 15 dias que confessou ter matado a filha em Novo Lino, em Alagoas, foi gravado e divulgado. Nas imagens, Eduarda de Oliveira, de 22 anos, aparece enrolada em um cobertor e de cabelo amarrado, quando detalha à polícia como matou a menina.
Vale lembrar que, antes de confessar o crime, a jovem havia apresentado cinco versões diferentes sobre a morte da filha, inclusive que ela teria engasgado durante a amamentação.
A gravação tem quase 18 minutos, onde Eduarda conta que antes de matar a filha chegou a amamentar e ainda assume que no momento do crime, ela não se arrependeu.
“Eu botei a almofada em cima dela. Estava eu, meu filho e ela. Em nenhum momento eu me arrependi do que tinha feito também”, começou dizendo. Questionada pela polícia em que momento ela decidiu tirar a vida da menina, ela continua: “Quando ela acordou, dei mama a ela, aí ela ficou chorando um pouquinho, aí coloquei ela no sofá e peguei a almofada. Foi no sofá da sala. Foi com a almofada e um lençol”.
Em outro momento, Eduarda contou também como colocou o corpo da menina com os materiais de limpeza e que, algum tempo após, arrependeu-se do crime.
“Ela estava sem roupa já, eu tirei a fralda e coloquei em duas sacolas, um saco grande que tinha comprado as coisas do enxoval e coloquei ela lá. Eu amarrei e coloquei lá, com os produtos de limpeza. No armário”.
A mãe de Ana Beatriz foi presa preventivamente por ocultação de cadáver e agora a polícia aguarda o resultado da necropsia do corpo. Caso seja confirmada a morte do neném por asfixia, Eduarda será autuada também pelo crime de infanticídio.
“Fiquei perambulando pela sala, não consegui dormir, eu saí só até a calçada da casa, até o portão e voltei. Fui lá onde tinha colocado ela, me arrependi mesmo, mas aí eu vi que realmente ela estava morta. Já não tinha como, ela já tinha falecido”.
Mãe diz que não teve ajuda de ninguém
Em seu depoimento, Eduarda alega ainda que não teve a ajuda de ninguém e que seu marido estava trabalhando em São Paulo e só soube o que aconteceu quando ela contou ao advogado. A polícia alega ainda que a mulher vai precisar passar por um tratamento psiquiátrico enquanto estiver presa.
Corpo de Ana Beatriz encontrado
Após o desaparecimento da bebê Ana Beatriz, com 15 dias de vida, a Polícia Civil de Alagoas encontrou a neném na última terça-feira (15) no quintal da casa da mãe da criança no município de Novo Lino. A criança estava desaparecida desde sexta-feira (11).