“O objetivo é garantir um mínimo de quantidade e qualidade de sono” – Foto: Reprodução
“O objetivo é garantir um mínimo de quantidade e qualidade de sono” – Foto: Reprodução

Por que especialistas em saúde querem mudar o horário das aulas Para eles, as crianças e os adolescentes deveriam estudar só depois das 8h30. A restrição de sono interfere pra valer no desempenho acadêmico. Entenda

“O objetivo é garantir um mínimo de quantidade e qualidade de sono” – Foto: Reprodução
“O objetivo é garantir um mínimo de quantidade e qualidade de sono” – Foto: Reprodução

Entre os dias 1 e 4 de novembro, foi distribuído um manifesto que propõe mudar o horário que a molecada vai para a escola. No documento, criado por pesquisadores da área e endossado pela Associação Brasileira do Sono, a sugestão é que estudantes do sétimo ao nono ano do Ensino Fundamental e dos três anos do Ensino Médio (ou seja, adolescentes de 13 a 17 anos) tenham aulas a partir das 8h30.

“O objetivo é garantir um mínimo de quantidade e qualidade de sono e, assim, um bom processo de aprendizagem”, conta o neurocientista John Fontenele Araújo, professor do Laboratório de Neurobiologia e Ritmicidade Biológica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

No documento, é reforçado que, além de estar associada a diversos problemas de saúde, a restrição de sono interfere pra valer no desempenho acadêmico. Ora, quem não dorme direito enfrenta dificuldades na hora de prestar atenção e depois da aprendizagem, há prejuízos para consolidar as informações recebidas.

Ah, os adolescentes…

Daí você pode pensar: “Mas basta o adolescente dormir mais cedo”. Só que a história não é tão simples assim.

Os pesquisadores informam que, nos últimos tempos, foi possível compreender melhor as alterações que ocorrem no organismo durante os ciclos de sono e vigília. E a entrada na puberdade estaria associada a um atraso natural na hora de dormir e despertar, ou seja, é até natural que os jovens passem a fechar os olhos um pouco mais tarde do que antes.