Paulo Câmara sanciona lei que retira posse de arma para agressores de mulheres
Paulo Câmara sanciona lei que retira posse de arma para agressores de mulheres

Paulo Câmara sanciona lei que retira posse de arma para agressores de mulheres

Em pleno mês de março, período que são realizadas diversas ações em prol das mulheres, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) sancionou nesta sexta-feira (22) o decreto que trata de medida protetiva de urgência para suspensão da posse ou restrição do porte de arma de homens que agredirem mulheres relacionados a Lei Maria da Penha.

Segundo a publicação no Diário Oficial também desta sexta, a autoridade policial, em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, “deverá verificar se o agressor possui registro de porte ou posse de arma de fogo”. A decisão vai de contramão ao Governo Federal, que segundo o decreto do socialista, ampliou “as hipóteses de presunção de sua efetiva necessidade”, dizia um trecho. No dia 15 do último mês de janeiro, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou o decreto que flexibiliza as regras para o acesso à posse de armas no Brasil.

Redução nos números de fevereiro

O mês passado foi o menos violento para as mulheres em Pernambuco entre todos o mês de fevereiros analisados desde 2004. No período, foram registrados 10 assassinatos de vítimas do sexo feminino, uma redução de 61,5% em relação ao mesmo intervalo de tempo em 2018. Desses crimes, três foram qualificados como feminicídios. Os casos de estupro também apresentaram queda. Em fevereiro, foram 150 boletins de ocorrência sobre o crime, 30,56% a menos que os 216 do ano anterior. Isoladamente, a Zona da Mata demonstrou a queda mais acentuada entre as macrorregiões de Pernambuco, com -47,83%, indo de 46 para 24 queixas. Por outro lado, as denúncias de violência doméstica contra a mulher, que inclui agressões física, moral e psicológica, aumentaram 13,7%, passando de 2.970 em fevereiro de 2018 para 3.377 no mês correspondente deste ano. Apesar do aumento, o número pode ter uma interpretação positiva, como explica o secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua.