Nesse verdadeiro cenário de guerra, surge uma nova estratégia para combater essa ameaça – Reprodução
Nesse verdadeiro cenário de guerra, surge uma nova estratégia para combater essa ameaça – Reprodução

Produto que mata as larvas do Aedes aegypti é lançado no Brasil Ele vem na forma de tabletes, funciona por 60 dias e acaba com o inseto por trás de dengue, zika e chikungunya.

Nesse verdadeiro cenário de guerra, surge uma nova estratégia para combater essa ameaça – Reprodução
Nesse verdadeiro cenário de guerra, surge uma nova estratégia para combater essa ameaça – Reprodução

Na última década, mais de 12 milhões de brasileiros foram diagnosticados com dengue, doença transmitida por uma picada do Aedes aegypti. Como se não bastasse, o mesmo mosquito começou a ser o culpado por outras infecções no nosso país, como o zika e o chikungunya e ainda há o temor de a febre amarela, por ora restrita aos ambientes silvestres, migrar para as cidades e ser mais um vírus que depende desse inseto para circular no meio urbano.

Nesse verdadeiro cenário de guerra, surge uma nova estratégia para combater essa ameaça tripla (quase quádrupla): a empresa BR3, do Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec) da Universidade de São Paulo, começou a vender recentemente o DengueTech, um comprimido que é colocado em recipientes que tenham água parada, como vasos de plantas, calhas, flores grandes e cascas de árvores.

Após algum tempo, o tablete se dissolve e libera uma série de proteínas e bactérias da espécie Bacillus thuringiensis israelensis, conhecida pela sigla BTI. Esse micro-organismo mata as larvas do Aedes que se aproveitam daquele espaço. “Esse agente biológico não agride o ambiente, não permite que o mosquito desenvolva uma resistência à sua ação e ainda é recomendado pela Organização Mundial da Saúde”, lista o engenheiro Rodrigo Perez, da BR3.

O produto, que já está aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é resultado de três décadas de pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. “Eles fizeram um trabalho colossal de coletar e estudar inúmeras cepas de bactérias da biota brasileira até descobrirem as potencialidades da BTI”, destaca Perez. Após todo esse período na bancada do laboratório e uma série de ensaios científicos, o composto está finalmente disponível para a população.