Verão e bandeira vermelha exigem o uso eficiente da energia; confira dicas

Verão e bandeira vermelha exigem o uso eficiente da energia; confira dicas

A chegada do verão faz com que o uso de aparelhos de resfriamento, como o ar condicionado e ventilador, se torne essencial para o bem-estar das famílias. Essa necessidade, porém, pode resultar no aumento do valor da conta de energia. Aliado a isso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou que a bandeira tarifária de dezembro será vermelha patamar 2, com custo adicional de R$ 6,243 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. Esses fatores fazem com que o uso eficiente da energia elétrica seja ainda mais importante.

Em um momento de instabilidade econômica que o país vive, qualquer acréscimo nas contas é sentido pelos trabalhadores. Mas o impacto causado pelo aumento na conta de energia pode ser minimizado alterando alguns comportamentos no dia a dia. “Com o anúncio da bandeira vermelha patamar 2 é importante que os consumidores busquem evitar o desperdício de água e energia”, alertou o diretor-geral da Aneel, André Pepitone.

A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), distribuidora responsável pelo abastecimento de energia no Estado, elencou algumas dicas que podem ter um impacto positivo no valor final da conta de energia.

O consumidor que tem ar condicionado em casa deve ficar atento ao uso do equipamento. Devido ao calor, é comum que as pessoas diminuam a temperatura do aparelho para que fique ainda mais gelado, porém isso irá aumentar o consumo de energia. A Celpe indica, então, que o ideal é manter a temperatura entre 23 e 25 graus para que o ambiente fique agradável sem consumir tanta energia. Também é possível alternar o seu uso com o do ventilador, ou seja, deixar o ar resfriando por duas ou três horas para desliga-lo e ligar o ventilador, que tem um consumo menor.

Equipamentos eletrônicos como celulares, tablets e notebooks também requerem atenção. Na recarga da bateria dos equipamentos, é importante tira-los do carregador quando a carga estiver completa e também tirar o carregador da tomada. Além de evitar acidentes com a eletricidade, esse simples comportamento ajuda a economizar energia.

Devido à pandemia, muitas pessoas passaram a trabalhar em casa. Com isso, o uso dos computadores nas residências cresceu consideravelmente. Nesse caso, a dica da Celpe é para que o consumidor desligue o monitor toda vez que sair da frente do computador e, caso o intervalo seja maior que uma hora, desliga-lo por completo. Deixar o equipamento ligado consome mais do que ligar e desligar a cada uso.

Os equipamentos que estão desligados, mas que ficam com uma luz acessa, como televisão e micro-ondas, estão consumindo energia. O ideal é desligar os aparelhos eletrodomésticos da tomada assim que terminar o seu uso. Quem tiver condições, também é indicado a substituição de aparelhos antigos para novos que possuam o selo Procel de eficiência energética.

 Se possível, também é recomendado o uso das lâmpadas LED. De acordo com a Celpe, apesar do seu custo inicial ser maior, elas duram mais e consomem até 80% menos do que as lâmpadas convencionais. Os consumidores também podem diminuir o uso das lâmpadas ao aproveitar o verão para utilizar ainda mais a luz natural. As altas temperaturas do período também diminuem a necessidade do uso de chuveiros elétricos, um dos vilões da conta de energia.


Bandeira tarifária 

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu, em reunião extraordinária, reativar o sistema de Bandeiras Tarifárias. Para o mês de dezembro de 2020, o órgão regulador estabeleceu a bandeira vermelha patamar 2, com custo de R$ 6,243 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. 

Em maio deste ano, em virtude da pandemia do novo coronavírus, a Aneel havia decidido manter a bandeira verde acionada até 31 de dezembro deste ano, mas a queda no nível de armazenamento nos reservatórios das hidrelétricas e a retomada do consumo de energia levaram à revisão da decisão. A Bandeira Tarifária sinaliza alterações nos custos da geração de energia elétrica, em decorrência do acionamento de usinas termelétricas