Economistas estimam que a volta do Bolsa Família irá tirar cerca de 3 milhões de brasileiros da extrema pobreza. Eles projetam um aumento da renda total das famílias em 3,5% neste ano.
Assim que eleito, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a volta de diversos programas sociais criados em gestões passadas do PT, o Bolsa Família foi um deles. Na gestão de Jair Bolsonaro (PL) o programa havia sido rebatizado para Auxílio Brasil e sofrido diversas mudanças.
O programa conta agora com uma faixa base de R$600 reais para famílias com renda de até R$218 por pessoa e prevê ainda um adicional de R$150 para cada criança de até 6 anos. Com o aumento no tíquete médio e a melhora na focalização, espera-se efeitos quase que imediatos sobre a classe mais vulnerável do país. A cobrança das condicionalidades, como frequência escolar e vacinação, também fazem parte da reformulação do benefício.
Especialistas acreditam que além da necessidade de promoção de renda, o programa também ocasionará um impacto direto na economia do país, uma vez que a volta do benefício proporciona um maior consumo das famílias. Em cidades menores, onde a economia é menos dinâmica, o giro na economia acaba sendo mais importante ainda., diz a Folha de S.Paulo.
Com a mudança no valor de corte para o ingresso, estima-se que, só em março, cerca de 700 mil famílias que atendiam aos requisitos, mas estavam fora porque não havia espaço no orçamento para pagá-las, ingressarão ao programa.
A entrada dessas famílias faz parte de um pente-fino do governo no Cadastro Único, que tem o objetivo de retirar aquelas que não atendem aos critérios do programa. Até agora, cerca de 1,5 milhão de famílias foram removidas.