Corpo de rainha Elizabeth II é sepultado nesta segunda após velório restrito

Corpo de rainha Elizabeth II é sepultado nesta segunda após velório restrito

Ao fim de cinco dias de homenagens populares em Londres, com filas intermináveis para a despedida em Westminster Hall, o funeral da rainha Elizabeth II passa a seguir, hoje, os protocolos de uma cerimônia de Estado, antes do sepultamento. A monarca descansará na capela da Igreja de Saint George, no castelo de Windsor, onde estão enterrados os corpos do pai, o rei George VI; do marido, Philip de Edimburgo; da mãe, Elizabeth; e da irmã, Margaret. Nesse último ato, apenas o núcleo central da família real estará presente.

A morte de Elizabeth II, aos 96 anos, há 11 dias, encerrou um reinado de sete décadas, o mais longo da história do Reino Unido. “Sua vida merece uma homenagem apropriada”, explicou Edward Fitzalan-Howard, duque de Norfolk, há 20 anos à frente da organização do funeral. “O respeito, a admiração e o carinho que se professaram pela rainha fazem da nossa tarefa (…) uma honra e uma grande responsabilidade”, assinalou.

A própria rainha, segundo o Palácio de Buckingham, ajudou nos preparativos. Entre seus pedidos, está a execução de uma música por seu gaiteiro de fole oficial, hoje, após o encerramento da cerimônia na Abadia de Westminster. Mais de 100 chefes de Estado e de Governo e outras personalidades devem comparecer ao já chamado “funeral do século” , como o presidente americano, Joe Biden, o brasileiro Jair Bolsonaro, o rei da Espanha, Felipe VI, e o imperador do Japão, Naruhito.

Silêncio

Estima-se que esse será um dos maiores eventos cerimoniais realizados na Grã-Bretanha desde a Segunda Guerra Mundial. Além dos integrantes da monarquia britânica, políticos e líderes mundiais, 200 pessoas devem participar da cerimônia como alguns amigos da rainha, bem como profissionais que trabalharam na pandemia de covid-19.

Entre os convidados está o policial aposentado Tony Gledhill, 84 anos, agraciado com a George Cross, a mais alta condecoração civil do Reino Unido. Ele ficou conhecido depois de ser baleado 15 vezes e sobreviver. “Estou incrivelmente emocionado por ter sido chamado”, disse. Todo o país vai observar dois minutos de silêncio quando terminar o evento, pouco antes do meio-dia no horário local.

Após o serviço religioso, o caixão de Elizabeth II percorrerá as ruas de Londres em um cortejo fúnebre que terminará no Wellington Arch, no Hyde Park, de onde partirá para Windsor. Quinze por cento dos voos que saem ou chegam no aeroporto de Heathrow, cerca de 150, sofrerão alterações para não perturbar os momentos mais solenes da despedida.

O sepultamento ocorrerá às 19h30 (15h30 de Brasília). À medida que o caixão for colocado no repouso definitivo, o arcebispo de Canterbury vai ler uma bênção e o gaiteiro tocará outra música. O joalheiro da monarquia, então, vai recolher a coroa do caixão e devolvê-la à Torre de Londres.

Fonte: Diário de Pernambuco