A partir de 28 de outubro, todas as instituições financeiras no Brasil terão que disponibilizar o Pix aos seus clientes, incluindo a modalidade Pix Parcelado, já oferecida por fintechs e alguns bancos tradicionais. Em junho do próximo ano, o Pix Automático também entra em vigor, operando de forma semelhante ao débito automático. Essa evolução do sistema de pagamentos levanta a questão: o Pix pode ameaçar o espaço do cartão de crédito nas compras a prazo?
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, já previu que o Pix poderia reduzir o uso do cartão de crédito. O Pix Parcelado funciona atualmente como um empréstimo pessoal, com juros que podem chegar a 9%, o que o torna menos vantajoso que o cartão de crédito. Contudo, fintechs já oferecem opções com juros zero em poucas parcelas, tornando-o mais competitivo. No entanto, o cartão de crédito permanece atraente, especialmente quando o parcelamento “sem juros” já embute o custo do dinheiro.
O Pix Parcelado pode se destacar em situações onde o consumidor não tem limite no cartão ou prefere não utilizá-lo, mas o futuro das duas modalidades ainda dependerá da evolução dos custos e benefícios para os consumidores.