Ataques frequentes de micróbios a pulmões, ouvidos, intestino ou outros cantos do corpo… São eles que costumam despertar a suspeita da imunodeficiência primária (IDP), condição genética pouco conhecida, mesmo entre profissionais de saúde.
Como o nome do problema indica, há uma falha no sistema de defesa, incapaz de conter infecções. Para mudar o cenário atual, marcado por diagnósticos tardios, o Grupo Brasileiro de Imunodeficiências (Bragid) trouxe um novo exame ao país. Por meio de dados coletados no teste do pezinho, ele flagra a IDP logo após o parto.
Segundo o médico Antonio Condino Neto, pesquisador da Universidade de São Paulo e membro do Bragid, a tecnologia está disponível em clínicas particulares, mas a ideia é que, em breve, vá para a rede pública. Segundo o especialista, se descoberta logo cedo, a condição é controlável e as complicações podem ser evitadas.
5 mil
É o número de casos de imunodeficiência primária registrados no Brasil.
15 mil
É a quantidade de pessoas que devem sofrer com a falta de diagnóstico.
Sinais de alerta da IDP
Oito ou mais episódios de otite por ano
Duas ou mais pneumonias no último ano
Feridas recorrentes na boca
Monilíase (o popular sapinho) por mais de dois meses
Diarreia crônica ou infecções intestinais de repetição
Histórico de imunodeficiências na família