Adolescente de São José do Egito suspeita de pagar por respostas do Enem
Adolescente de São José do Egito suspeita de pagar por respostas do Enem

Adolescente de São José do Egito é suspeita de pagar por respostas do Enem Jovem, de 17 anos, foi conduzida para prestar depoimento no domingo (12), após a realização do certame em São José do Egito.

A adolescente foi ouvida e liberada em seguida – Foto: Reprodução
A adolescente foi ouvida e liberada em seguida – Foto: Reprodução

Uma adolescente, de 17 anos, é investigada pela Polícia Federal por suspeita de participação em um esquema de repasse de gabaritos nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A jovem foi conduzida para prestar depoimento no domingo (12 de novembro de 2017), após a realização do certame em São José do Egito, no Sertão de Pernambuco. Segundo o delegado Renato Madsen, ela teria pago para receber as respostas das questões.

 “A gente identificou, a partir de dados do Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira], o comportamento suspeito de candidatos do Enem. Confrontamos esses dados com o perfil dos candidatos e identificamos 31 suspeitos. Seja porque já teriam sido aprovados em outras provas do Enem para faculdades de alta dificuldade e voltaram a fazer a prova, seja pela consciência do gabarito”, pontuou o delegado Renato Madsen nesta segunda-feira (13).

Além de Pernambuco, a Operação Passe Fácil cumpriu mandados de condução coercitiva e busca apreensão em outros 12 estados brasileiros (BA, CE, ES, GO, MA, MG, MT, PA, PI, PR, RN e SP), e no Distrito Federal.

O objetivo da operação é desvendar e desarticular um esquema de repasse de gabaritos, inclusive através de pontos eletrônicos, a candidatos do Enem que contrataram a resolução das provas por especialistas. De acordo com a PF, a ação buscou garantir a lisura do certame e a igualdade entre os candidatos, sendo deflagrada com discrição para não prejudicar a tranquilidade necessária para o bom andamento das provas do Enem.

Entre os crimes investigados, estão os de estelionato, uso de documento falso, fraudes em certames de interesse público e associação criminosa. As penas ultrapassam 25 anos de reclusão. A adolescente foi ouvida e liberada em seguida.

Com informações do G1.