Covid-19: como acontece a infecção em animais?

Covid-19: como acontece a infecção em animais?

Sabe-se que o novo coronavírus tem se adaptado por anos até se transformar em um tipo de vírus que é capaz de contaminar seres humanos. Entretanto, não é comum que exista uma contaminação de várias espécies pelo mesmo agente. Por conta disso, os recentes casos confirmados de covid-19 em uma tigresa e em um gato estão deixando as pessoas curiosas sobre como isso aconteceu.

A mutação do novo coronavírus

Segundo especialistas em entrevista à Galileu, um causador das alterações nos materiais genéticos dos vírus é a ultrapassagem de limites entre a natureza selvagem e a “vida humana”, fazendo com que as doenças e problemas do mundo dos animais nos atinjam.

Por conta disso, os vírus, que comumente são capazes apenas de afetar uma única espécie, acabam passando por processos de mutação e se adaptando a novas espécies de hospedeiros: os seres humanos. Desta forma, acredita-se que o Sars-CoV-2, vírus causador da doença, seja capaz de sofrer um número frequente de mutações.

Covid-19: como acontece a infecção em animais?

Isso já tinha ocorrido quando houve a alteração do RNA do novo coronavírus, que permitiu que ele passasse provavelmente de um morcego para um ser humano em Wuhan, na China. E, ao que tudo indica, o vírus pode continuar sofrendo outras mutações visto que, recentemente, foram confirmados casos em animais de espécies felinas.

A infecção em novas espécies

Foram confirmados dois casos na família dos felinos: uma tigresa no zoológico do Bronx, em Nova York, e uma gata doméstica na Bélgica, levantando as suspeitas de que o novo coronavírus sofreu outra mutação e, agora, é capaz de atingir algumas espécies felinas.

A informação, que foi dada pelo zoológico de Nova York, também afirma que outros seis tigres estão sob suspeita de infecção do vírus. Acredita-se que eles possam ter sido contaminados por um funcionário assintomático de covid-19. Pelo outro lado, gatos são comprovadamente mais suscetíveis a serem infectados pelo novo coronavírus, dessa forma, o gato belga foi, provavelmente, contaminado por sua dona, que havia testado positivo para a presença do Sars-CoV-2.

Pensando nas possibilidades de contágio, a Associação Mundial de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (WSAVA) alertou para a necessidade dos donos de pets higienizarem as mãos antes e depois de contatos com seus animais, usarem máscaras faciais e, também, evitarem proximidade com eles caso estejam com sintomas da covid-19.

As precauções são importantes, visto que ainda não há evidências de que os pets possam contaminar os humanos. Entretanto, existe, sim, a possibilidade de humanos infectarem os animais.

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