Histórias de abandono e negligência fazem parte do caminho de violência a que estão submetidos os idosos, além deste, a violência financeira ou material contra a pessoa idosa em Pernambuco figura entre os cinco principais crimes cometidos contra este público no estado, de acordo com o levantamento do Centro Integrado de Atenção e Prevenção à Violência Contra a Pessoa Idosa (CIAPPI).
Atrás apenas dos crimes de negligência, abandono e violência psicológica, a violência financeira muitas vezes é praticada por pessoas próximas da vítima. Segundo informações do CIAPPI, no primeiro semestre deste ano, foram registradas 481 denúncias dos mais diversos tipos de violações em Pernambuco.
Para ajudar a pessoa idosa a não cair nessas ciladas, o advogado Leandro Pereira elencou algumas dicas de como se proteger. Confira:
1. Buscar conhecimento sobre questões financeiras para compreender seus conceitos básicos, como investimentos, empréstimos e transações bancárias. Isso pode ajudá-la a tomar decisões mais informadas.
2. Nunca compartilhar informações pessoais, como números de conta bancária, senhas ou dados de cartões de crédito por telefone, e-mail ou mensagens de texto. Golpistas frequentemente se passam por instituições financeiras para obter essas informações.
3. Desconfiar de ligações telefônicas ou e-mails que solicitem informações pessoais ou financeiras, especialmente se a pessoa não tiver solicitado essas comunicações. É importante lembrar que instituições financeiras legítimas não solicitam informações sensíveis por telefone ou e-mail.
4. Verificar cuidadosamente a autenticidade das instituições financeiras com as quais lida. Pode ser útil entrar em contato diretamente com a instituição usando os números de telefone fornecidos em seu site oficial para confirmar a veracidade de qualquer solicitação.
5. Utilizar senhas fortes e únicas para suas contas financeiras, além de alterá-las regularmente. É importante evitar senhas óbvias, como datas de aniversário ou sequências numéricas simples.
6. Ficar atenta a comportamentos suspeitos de parentes ou familiares, como pressioná-la a emprestar dinheiro ou a assinar documentos sem entender completamente as implicações.
7. Buscar aconselhamento financeiro de um profissional de confiança, como um consultor financeiro ou um advogado especializado em direito do consumidor, para auxiliá-la na tomada de decisões financeiras importantes.
Fonte: DP